Muito antes de me tornar coach, autoconhecimento já era algo muito importante para mim. Mas foi com o coaching que aprendi a utilizar ferramentas e desenvolver escuta atenta e ativa, capazes de ajudar meus clientes a acessarem com maestria, através do autoconhecimento, seus recursos internos necessários para uma vida mais plena e feliz.
Foi através do autoconhecimento que descobri que a mudança que queremos para o mundo só é possível se nos transformarmos individual e internamente. Gandhi já dizia isso: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. E tem também aquela outra frase “Nada muda se você não mudar.” Parece óbvia? E é. Mais do que um jogo de palavras, é também a mais pura verdade.
Não conseguimos mudar o outro que nos incomoda. Mas podemos mudar a maneira como o vemos, de modo que o incômodo gerado por este outro já não nos importune mais. Sabe por quê? O outro é como se fosse o nosso espelho. Quando vemos no outro algo que não gostamos, pode procurar que há dentro da gente aquela mesma coisa que nos incomoda tanto no outro. A gente não gosta do que vê porque se reconhece ali naquele jeito desagradável de falar, de agir ou de não agir também. Esta é a primeira questão: se não gostamos é porque nos identificamos com algo que não é legal em nós, embora muitas vezes tenhamos a tentação de negarmos para nós mesmos esta verdade. Então é até um favor que o outro nos faz, resta-nos aproveitar a dica e olhar para dentro de nós e ver o que precisa ser feito.
Muitas vezes também nos percebemos infelizes ou insatisfeitos com o ambiente à nossa volta. Esquecemos que ele é formado por diversos “outros”. Então, voltamos à primeira questão: se estes outros me incomodam, que mensagem devo apreender para melhorar a situação em mim? Da mesma forma, o que estou comunicando e entregando para este ambiente que faz com que ele me seja desagradável? O que devo fazer diferente para ter de volta uma resposta diferente?
A outra questão é muito simples também: o outro só vai mudar quando quiser e se quiser. Ou se necessitar, porque às vezes só se muda quando é mais doloroso ficar como está do que iniciar as mudanças necessárias. Freud dizia que “quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”. Alguém simplificou a ideia numa frase que eu acho o máximo: a pessoa só muda quando a dor de não mudar é maior do que a dor de mudar. Sim, porque mudar dói, pressupõe sair da nossa zona de conforto, onde tudo já é previsível e conhecido. Para mudar é preciso buscar vivências novas, expandir nossas possibilidades, aventurar-se em direção ao desconhecido.
Então, só nos resta agir sobre quem temos ingerência: nós mesmos. E é interessante notar que, quando mudamos o nosso jeito de agir e pensar em relação a pessoas, coisas e situações que nos incomodam, tudo à nossa volta melhora. Milagre? Não. Consequência natural de um movimento que escolhemos fazer. Um movimento que nos permite trabalhar tudo que já existe em potência dentro de nós para experienciarmos o sentimento de felicidade.
Saber acessar estes recursos internos é o que permite a você viver intensamente todas as possibilidades de ser feliz. Esta é a ideia de desenvolver Alta Performance de Vida e é com esta missão que eu trabalho como coach junto aos meus coachees, pois acredito que, mesmo sem sermos atletas, todos podemos viver com alto desempenho, abandonando uma existência mais ou menos e obtendo melhores resultados, sejam eles profissionais ou em todas as áreas da vida também.
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