Mal saindo de um excesso de feriados na última semana, já tem gente divulgando, esperando (e comemorando) ansiosamente os feriados de 2018, a maioria caindo em dias que permitem a extensão dos finais de semana. E, de quebra, contando com os dias “mortos” da próxima Copa do Mundo, cujos jogos serão todos em horário comercial. Coisa de mais que 21 dias úteis, quase um mês inteiro no calendário.
Então fiquei pensando como tem gente vivendo sem propósito, trabalhando no que não gosta, apenas lutando para sobreviver. Gente que odeia segunda-feira, que sai da cama arrastado para cumprir sua obrigação em troca do seu salário no fim do mês, que passa os dias aguardando pela happy hour da sexta-feira, alguns momentos de pseudo-felicidade para se esquecer da vida medíocre e infeliz.
E que também anseia pelas férias, para desfrutar da vida, e ainda pela aposentadoria, quando finalmente acredita que poderá concretizar seus sonhos e realizar-se plenamente. “Suicida em conta-gotas”, como muito bem definiu em um pequeno vídeo o filósofo Clóvis Barros Filho, pois a cada projeção de felicidade futura é um minuto a menos que se deixa de viver a felicidade no momento presente e se vai morrendo aos pouquinhos.
… excesso de feriados é um luxo que não podemos usufruir, pois significa sistema de produção parado, economia estagnada, com estrutura de custos correndo, prejudicando comércio, indústria e serviços.
Pessoas que não se dão conta de que excesso de feriados é um luxo que não podemos usufruir, pois significa sistema de produção parado, economia estagnada, com estrutura de custos correndo, prejudicando comércio, indústria e serviços. E o mais engraçado é que são estas mesmas pessoas as primeiras a falar em crise, que o Brasil não tem jeito, que a vaca está indo pro brejo, blá-blá-blá. Discurso de quem não quer tomar para si a responsabilidade que lhe cabe na sociedade em que vivemos e da qual fazemos parte.
Felizmente tenho conhecido muitas outras pessoas que não vivem adiando a felicidade e deixando-a para depois. Que fazem o que amam e amam o que fazem. Que, se necessário, não se importam de trabalhar feriado e fim de semana, porque trabalhar é prazer e não fardo.
São pessoas que sabem qual é o seu propósito de vida, o motivo pelo qual seus olhos brilham e com o qual será possível deixar um legado para quem vier depois. Não precisa ser algo imenso, pode ser no nosso dia a dia mesmo, contribuindo para que outros sejam um pouco melhores só porque passamos pela vida deles.
Outro dia, no LinkedIn, vi um post da analista de marketing Marcelle Farias, em que ela comentava sobre o sentimento de satisfação em ter-se levantado num domingo cedo para concluir um planejamento para seu trabalho. E vibrei com a quantidade de comentários de profissionais se identificando com este sentimento de trabalhar com satisfação.
Quando a paixão é o que nos move no nosso trabalho, todo dia é útil.
É possível, sim, fazer o que se gosta, trabalhar também pelo dinheiro (e não só pelo dinheiro) e me entusiasmo ao notar que o conceito sobre propósito de vida tem se ampliado mais e mais e não é apenas papo de coaching.
Porque propósito todo mundo tem, e se este conceito ainda é estranho pra você, significa apenas que você ainda não encontrou o seu, mas pode encontrar desde que se disponha a tal. (E eu posso te ajudar com isso.)
Porque, quando a paixão é o que nos move no nosso trabalho, todo dia é útil. E não é necessário esperar pelos feriados, pelos fins de semana, pelas férias, pela aposentadoria para ser feliz um dia.
E você já encontrou seu propósito? Ou já está contando com os feriados de 2018?
- Os feriados de 2018 e o seu propósito de vida - 21/11/2017
- A grande salada do coaching - 30/08/2017
- Alfabetização financeira, você teve? - 18/08/2017